O novo professor – parte 3

texto com foco em alunos infanto-juvenis

Continuando a postagem anterior sobre este tema, nesta postagem gostaria de ressaltar algumas diferenças entre a educação infanto-juvenil portuguesa e a brasileira. Considero ser importante que profissionais da área de pedagogia comparem o que está sendo feito na nossa realidade com o que está sendo feito em outros países. Aqui seguem algumas coisas que achei interessantes:

A ANQEP (link)
”A Agência Nacional para a Qualificação e o Ensino Profissional, I.P. (ANQEP, I.P.) é um instituto público integrado na administração indireta do Estado, com autonomia administrativa, financeira e pedagógica. […]
No âmbito do Sistema Nacional de Qualificações, a ANQEP I.P. tem as seguintes atribuições:
* Conceber e atualizar em permanência do Catálogo Nacional de Qualificações, instrumento que regula as qualificações de dupla certificação de nível não superior;
* Regular e dinamizar a oferta de educação e formação profissional de dupla certificação destinada a jovens e adultos, a oferta de ensino artístico especializado e o sistema de reconhecimento, validação e certificação de competências (RVCC), de âmbito escolar e profissional, destinado a adultos; […]”

Ou seja, por lá eles têm um ”SEBRAE” totalmente público que ajuda a inserir jovens e adultos no mercado de trabalho.

Este é o catálogo de cursos que eles oferecem: https://catalogo.anqep.gov.pt/


Domínios de Educação para a Cidadania

A Estratégia Nacional de Educação para a Cidadania de Portugal exige que os alunos sejam expostos a uma série de temáticas para além da instrução formal. Sem entrarmos no mérito da escolha dos temas, é interessante observar que o governo está tentando prover uma educação integral e constitutiva de cidadania. A página principal é https://www.dge.mec.pt/estrategia-nacional-de-educacao-para-cidadania

1.º GRUPO – Obrigatório para todos os níveis e ciclos de escolaridade:
Direitos humanos (civis e políticos, econômicos, sociais e culturais de solidariedade);  igualdade de gênero; interculturalidade (cultural e religiosa); desenvolvimento sustentável; educação ambiental; saúde (promoção da saúde, saúde pública, alimentação e exercício físico).

2.º GRUPO – Trabalhado pelo menos em dois ciclos do ensino básico:
Sexualidade; mídia; instituições e participação democrática; educação financeira e educação para o consumo; segurança rodoviária; risco.

3.º GRUPO – Com aplicação opcional em qualquer ano de escolaridade:
Empreendedorismo (vertentes econômica e social); mundo do trabalho; segurança, defesa e paz; bem-estar animal; voluntariado;

Veja aqui um plano de distribuição desses grupos curriculares num grupo de escolas portuguesas: AEJA-Plano

Fonte: https://aeja.pt/ficheiros/d13624211vK5mNOZGyZ.pdf


HypatiaMat (link)

”O desempenho escolar na Matemática é uma preocupação crescente junto da comunidade educativa: estamos todos preocupados com o elevado insucesso escolar e o correspondente abandono escolar precoce. Sabemos que a literatura educacional aponta a promoção do sucesso na Matemática e a utilização corrente das TIC na sala de aula como dois grandes desafios que a educação enfrenta na atualidade. Respondendo a estes desafios, a presente investigação organiza-se em torno da seguinte questão: Como podem as novas tecnologias, nomeadamente aplicações hipermédia utilizadas nos IWB (interactive whiteboards), contribuir para a promoção do sucesso escolar a Matemática?

Para responder a esta questão, investigadores da Universidade do Minho, da Universidade de Coimbra e de outras proveniências construiram este site com muitas aplicações hipermédia centradas nos conteúdos de Matemática do 1.º ano até ao 9.º ano.

Disponibilizamos esta ferramenta à comunidade educativa, na expetativa que a mesma possa contribuir para a promoção do sucesso neste domínio do conhecimento.

Esperamos que alunos, professores e encarregados de educação tirem o melhor partido.”


Rede de Bibliotecas Escolares de Portugal

Sendo eu funcionário de biblioteca, não poderia deixar de mencionar a Rede de Bibliotecas Escolares de Portugal. Procure na parte Suporte >> Recursos. Lá tem vários projetos que podem ser perfeitamente adaptados para as bibliotecas escolares daqui. Um especial é o Manual de Instruções de Literacia Digital, que ensina o passo-a-passo sobre como usar os recursos da rede de computadores. A página é https://mild.rbe.mec.pt/

Website: https://www.rbe.mec.pt/np4/home.html

O novo professor – Parte 2

texto com foco em alunos infanto-juvenis

Relembrando o contexto da pandemia, onde governos no mundo todo impuseram restrições à movimentação de seus cidadãos, a educação de jovens no mundo todo sofreu dois anos ou mais de quase paralisia. A curtíssima janela temporal adequada ao desenvolvimento de certos trabalhos foi perdida. Diante disso, pedagogos ao redor do mundo tiveram de lidar com o abrupto distanciamento dos pequenos. Pouco mais de dois anos após, uma nova questão se apresentou: como recuperar o tempo perdido? Como aferir o que os alunos aprenderam? Como aferir o que eles não conseguiram aprender? Como readaptar os alunos no retorno à realidade do ensino presencial após tanto tempo isolados? Essas e outras perguntas são trabalhadas no texto abaixo, de autoria do Ministério da Educação e Cultura de Portugal.

Há algumas diferenças no ensino de Portugal e do Brasil. Para facilitar a leitura, lembre as siglas:

  • UFCD: Unidade de Formação de Curta Duração (cursos de curto prazo);
  • PA: Perfil do Aluno à Saída da Educação (o que se espera que ele tenha aprendido);
  • HGP: História e Geografia de Portugal;
  • CD: Cidadania e Desenvolvimento;
  • ENEC: Estratégia Nacional de Educação para a Cidadania;

ORIENTAÇÕES PARA A RECUPERAÇÃO E CONSOLIDAÇÃO DAS APRENDIZAGENS
Ministério da Educação

Todos estamos conscientes de que a pandemia e o confinamento agravaram desigualdades sociais, que já constituíam o maior desafio para o sistema educativo. Sabemos também que houve aprendizagens que não se desenvolveram e alunos que tiveram menos capacidade de acompanhar os seus colegas. Sabemos também que esta crise impacta noutras dimensões críticas para o sucesso escolar: os alunos ficaram mais longe uns dos outros, há mais instabilidade em muitas famílias por via da crise económica. Por tudo isto, o ano letivo 2020 / 2021 conviverá com desafios antigos, desafios novos e desafios que não antecipamos ainda.

É neste contexto que o Governo promove várias medidas de apoio e recuperação das aprendizagens: uma concentração em medidas promotoras de bem-estar no regresso à escola, um olhar dirigido a prioridades nas aprendizagens, alargamento e criação de novos apoios para os alunos, formas de organização das escolas em diferentes regimes.

Este roteiro constitui-se como material de apoio, expõe conceitos, mas faz-se acompanhar de vários exemplos, nenhum com caráter prescritivo, todos como instrumentos para apoiar as escolas numa partilha de reflexão e de soluções encontradas.

Texto completo: orientacoes_2020 Portugal


Fonte: https://www.dge.mec.pt/noticias/orientacoes-para-recuperacao-e-consolidacao-das-aprendizagens-ao-longo-do-ano-letivo-de

O novo professor – Parte 1

Este encontro virtual ocorrido no contexto da pandemia apresenta um retrato das principais questões educacionais ocorridas à época: a necessidade de um gerenciamento veloz para migração do ensino presencial para o ensino virtual, as questões sociais e psicológicas impostas pelo distanciamento das pessoas (em especial suas conseqüências para a educação infanto-juvenil) e a diferença da alfabetização digital entre jovens alunos (nativos digitais) e professores (imigrantes digitais).

O novo professor: desafios da educação em tempos de pandemia | Aprendizagem Remota
“O cenário da educação mundial, diante da pandemia de Covid-19, experimenta, neste momento, uma realidade totalmente nova, trazendo, a reboque, desafios enormes para toda a sociedade.
No Rio de Janeiro, o grupo de especialistas se organiza, no sentido de prover aos alunos da rede de Educação Pública Estadual a aprendizagem remota, por meio de mediação tecnológica, sem deixar de lado a importância da relação professor-aluno.
Esse grupo estará disponível para empreender, junto às equipes da rede de Educação Pública Estadual, debates relacionados a temas aderentes ao mote que rege as ações do estado, de acordo com a Unesco.
Mediador: Cláudia Capello
Debatedores: Aline Amorim, Eloiza Oliveira e Claudia Raybolt”