Língua: sistema de comunicação verbal que permite a pessoas se exprimirem e compreenderem umas às outras. Normalmente se dá pela fala, mas no caso da Libras (língua brasileira de sinais) é uma língua puramente corporal e visual.
Linguagem: qualquer conjunto de símbolos, verbal ou não verbal, que permita comunicar conceitos e idéias. Signos, sinais, linguagem de programação, dança, artes plásticas etc.
Idioma: código verbal estruturado identificado como vinculado a um povo, ou seja, é diretamente relacionado à organização política de uma sociedade. No Brasil, o idioma é o português, embora haja uma enorme quantidade de línguas de povos nativos, bem como haja comunidades descendentes de imigrantes que ainda falem as línguas de seus países de origem, como japonês ou alemão. O Canadá possui dois idiomas, o inglês (na maioria de suas províncias) e o francês (em Quebec); a Suíça possui quatro idiomas (alemão, italiano, francês e romanche).
Dialeto: é a variação da língua própria de uma região. Essa variação necessariamente tem relação com a estrutura gramatical, isto é, o modo de construção das expressões utilizadas, as palavras propriamente utilizadas (vocabulário) e a forma de pronunciá-las. Variações somente na forma de pronunciar a palavra são chamadas de sotaque, um subconjunto do dialeto, e não constituem dialetos completos.
As variações lingüísticas podem ser:
a) “Variação diatópica (variação regional)”: é a variação lingüística que ocorre por conta da distância geográfica. Por exemplo, a forma de falar coisas no Sul do Brasil difere da forma de falar as mesmas coisas no Nordeste. A diferença no uso de palavras entre Brasil e Portugal torna o dialeto brasileiro uma variação diatópica da Língua Portuguesa (que, obviamente, pertence à Portugal).
b) “Variação diastrática (variação social)”: é a variação lingüística que ocorre dentro dos nichos sociais. Pessoas que trabalham com Tecnologia de Informação tendem a falar de um modo, juristas se expressam de outra forma, médicos usam outro vocabulário, filósofos se comunicam também de forma própria. Esse conceito não é apenas relacionado à profissão ou nicho social, mas também ao substrato social em que o falante se encontra. Pessoas com maior acesso à educação falam de uma forma, pessoas com baixo nível cultural se comunicam com outras palavras, usam outros termos, se expressam diferentemente.
c) “Variação diacrônica (variação histórica)”: é a variação lingüística que ocorre naturalmente pela passagem do tempo. O português que falamos hoje não é o mesmo que se falava no início do século XIX. Nem é necessário irmos tão longe, basta procurar propagandas antigas das décadas de 1960 ou 1950 e é possível notar claramente a diferença no modo como as pessoas falavam.
d) “Variação diamésica (variação midiática)”: é a variação lingüística que ocorre segundo o meio de transmissão. Falamos de uma forma, porém escrevemos de outra. Do mesmo modo, onde se escreve também faz diferença. A escrita em um manual de instruções, numa bula de remédio, em um e-mail profissional ou numa conversa no messenger com os amigos são diferentes entre si. Quem comunica, para quem e com que propósito causam essa variação.