texto com foco em alunos infanto-juvenis
Relembrando o contexto da pandemia, onde governos no mundo todo impuseram restrições à movimentação de seus cidadãos, a educação de jovens no mundo todo sofreu dois anos ou mais de quase paralisia. A curtíssima janela temporal adequada ao desenvolvimento de certos trabalhos foi perdida. Diante disso, pedagogos ao redor do mundo tiveram de lidar com o abrupto distanciamento dos pequenos. Pouco mais de dois anos após, uma nova questão se apresentou: como recuperar o tempo perdido? Como aferir o que os alunos aprenderam? Como aferir o que eles não conseguiram aprender? Como readaptar os alunos no retorno à realidade do ensino presencial após tanto tempo isolados? Essas e outras perguntas são trabalhadas no texto abaixo, de autoria do Ministério da Educação e Cultura de Portugal.
Há algumas diferenças no ensino de Portugal e do Brasil. Para facilitar a leitura, lembre as siglas:
- UFCD: Unidade de Formação de Curta Duração (cursos de curto prazo);
- PA: Perfil do Aluno à Saída da Educação (o que se espera que ele tenha aprendido);
- HGP: História e Geografia de Portugal;
- CD: Cidadania e Desenvolvimento;
- ENEC: Estratégia Nacional de Educação para a Cidadania;
ORIENTAÇÕES PARA A RECUPERAÇÃO E CONSOLIDAÇÃO DAS APRENDIZAGENS
Ministério da Educação
Todos estamos conscientes de que a pandemia e o confinamento agravaram desigualdades sociais, que já constituíam o maior desafio para o sistema educativo. Sabemos também que houve aprendizagens que não se desenvolveram e alunos que tiveram menos capacidade de acompanhar os seus colegas. Sabemos também que esta crise impacta noutras dimensões críticas para o sucesso escolar: os alunos ficaram mais longe uns dos outros, há mais instabilidade em muitas famílias por via da crise económica. Por tudo isto, o ano letivo 2020 / 2021 conviverá com desafios antigos, desafios novos e desafios que não antecipamos ainda.
É neste contexto que o Governo promove várias medidas de apoio e recuperação das aprendizagens: uma concentração em medidas promotoras de bem-estar no regresso à escola, um olhar dirigido a prioridades nas aprendizagens, alargamento e criação de novos apoios para os alunos, formas de organização das escolas em diferentes regimes.
Este roteiro constitui-se como material de apoio, expõe conceitos, mas faz-se acompanhar de vários exemplos, nenhum com caráter prescritivo, todos como instrumentos para apoiar as escolas numa partilha de reflexão e de soluções encontradas.
Texto completo: orientacoes_2020 Portugal