O vídeo abaixo trata sobre os seguintes assuntos: a preocupação com o impacto da pandemia e quarentena obrigatória na formação da geração atual de crianças, bem como suas conseqüências futuras; três dimensões de risco para educação: desigualdade social, importância da escola, permanência vs evasão; a desigualdade estrutural brasileira no acesso a bens culturais e a bens econômicos de ascenção social; levantamento da questão sobre como trabalhar com os fatores intra-escolares dentro dessa estrutural de desigualdade; o ”efeito escola” e a individualização de cada escola em si; a importância atual da escola não apenas como possibilidade de acesso à cultura, mas também como fator de garantia de dignidade humana; a necessidade de atribuir sentido à escola, diferentemente do mero acesso à informação; a diferença entre disponibilidade de informação e construção de conhecimento; a importância da motivação; a garantia do acesso à escola e permanência nela; o déficit de instituições nos municípios brasileiros; apresentação de dois instrumentos burocráticos para auxiliar o trabalho de permanência, a Ficha de Comunicação de Aluno Infreqüente (FICAI) e a Busca Ativa Escolar; o problema da freqüência durante a pandemia especialmente na rede pública, cujos alunos não têm acesso à internet ou mesmo aos correios; os fatores familiares modificados durante o tempo de quarentena; a participação da UNDIME no processo de permanência dos alunos; a discrepância do processo em municípios diferentes; o papel dos dirigentes durante a quarentena e no retorno às atividades presenciais; a necessidade da articulação intersetorial (educação, saúde e assistência social); a questão do impacto psicológico da pandemina nos alunos e docentes; os motivos intraescolares e extraescolares da evasão escolar; reflexão sobre o papel da escola e dos gestores escolares em seu papel de difusão de informações e diagnóstico de necessidade das famílias dos alunos; a função da escola na comunidade em que está inserida; o papel do servidores designados para acompanhar a freqüência escolar; o papel dos grêmios estudantis; as expectativas quanto ao retorno às atividades normais da escola após a quarentena.
Escola e o desafio da permanência | Aprendizagem Remota
Mediador: Carlos Alberto Pereira de Oliveira, Vice-diretor do IFHT/UERJ e Membro do Comitê Executivo do ICDE
Debatedores:
Ana Lara Casagrande, professora da UFMT, doutora em Educação, pesquisadora com ênfase no ensino médio.
Jaqueline Antunes Farias, Professora Docente II e – da SEEDUC. Mestre em Gestão e Avaliação da Educação Pública pela UFJF. Superintendente de Gestão das Regionais Pedagógicas da SEEDUC.
Stella Salomão, Secretária de Educação de Angra dos Reis, Presidente da UNDIME RJ Secretária de Articulação da UNDIME NACIONAL.
Sessões abertas:
O cenário da educação mundial, diante da pandemia de Covid-19, experimenta, neste momento, uma realidade totalmente nova, trazendo, a reboque, desafios enormes para toda a sociedade.
No Rio de Janeiro, o grupo de especialista se organiza, no sentido de prover aos alunos da rede de Educação Pública Estadual a aprendizagem remota, por meio de mediação tecnológica, sem deixar de lado a importância da relação professor-aluno.
Esse grupo estará disponível para empreender, junto às equipes da rede de Educação Pública Estadual, debates relacionados a temas aderentes ao mote que rege as ações do estado, de acordo com a Unesco.
ONU: mundo deve ‘redesenhar’ a educação em meio à pandemia| ONU Brasil
Em meio à maior crise jamais vista na educação global, provocada pela pandemia de COVID-19, temos uma “oportunidade geracional” para “redesenhar” a área. A avaliação é do secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, em uma mensagem em vídeo ao lançar nesta terça-feira (4) um relatório sobre o tema.
“A educação é a chave para o desenvolvimento pessoal e o futuro das sociedades. Desbloqueia oportunidades e reduz desigualdades. É o alicerce das sociedades informadas e tolerantes e o principal impulsionador do desenvolvimento sustentável”, disse Guterres.
Segundo a ONU, até meados de julho, as escolas estavam fechadas em mais de 160 países, afetando mais de 1 bilhão de estudantes. Além disso, pelo menos 40 milhões de crianças em todo o mundo não tiveram acesso à educação pré-escolar. E os pais e responsáveis – e especialmente as mulheres – foram forçados a assumir os encargos mais pesados de cuidados em casa.
Quatro áreas prioritárias de ação são sugeridas pelas Nações Unidas; saiba aqui quais são: bit.ly/covid-edu-onu
(Foto de capa do vídeo: um menino de dez anos estuda com a ajuda de sua mãe em casa no assentamento informal de Mathare, em Nairóbi, Quênia. Crédito da foto: UNICEF/Translieu/Nyaberi)
O vídeo a seguir trata sobre os seguintes temas: os tipos de avaliação a que todas as instituições estão submetidas (avaliação institucional e avaliação do aprendizado); INEP e o Banco de Avaliadores do Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (BASis); Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade); a recente regulamentação da educação à distância em 2005~2017 e a questão da avaliação no ensino à distância segundo as DCN; a obsolescência da prova tradicional nos ambientes virtuais de aprendizagem; o acesso deficitário às tecnologias de comunicação na realidade atual; a falta de formação andragógica para docentes de nível superior (consoante ao meu TCC); o excesso de alunos em sala de aula/turma/grupo impede a avaliação formativa dos alunos; a diferença entre educação à distância e educação remota; como observar como o aluno demonstra o conhecimento adquirido; os motivos e usos das avaliações; a Portaria 419/2013 que estabelece os critérios de avaliação no Rio de Janeiro ; a necessidade de adaptar a avaliação quando de momentos excepcionais, saindo da avaliação somativa para uma avaliação formativa de aprendizagem; críticas ao modelo de ensino básico atual; questões relacionadas à época da pandemia.
Avaliação sob a perspectiva de novas metodologias educacionais | Aprendizagem Remota
Mediadora: Claudia Capello
Debatedores: Ana Valéria, Luis Otoni e Cacilda Andrade
Sessões abertas:
O cenário da educação mundial, diante da pandemia de Covid-19, experimenta, neste momento, uma realidade totalmente nova, trazendo, a reboque, desafios enormes para toda a sociedade.
No Rio de Janeiro, o grupo de especialista se organiza, no sentido de prover aos alunos da rede de Educação Pública Estadual a aprendizagem remota, por meio de mediação tecnológica, sem deixar de lado a importância da relação professor-aluno.
Esse grupo estará disponível para empreender, junto às equipes da rede de Educação Pública Estadual, debates relacionados a temas aderentes ao mote que rege as ações do estado, de acordo com a Unesco. https://www.youtube.com/watch?v=sWJrPXQy838
O seguinte vídeo trata sobre os seguintes tópicos: avaliação dos alunos durante o ensino remoto emergencial; conceitos básicos de avaliação: formativa, somativa e prognóstica; processo de avaliação como reflexão do processo de ensino-aprendizagem (construção do conhecimento); a diferença entre a trajetória do aluno e os instrumentos de avaliação (provas e testes); a importância da definição de critérios de avaliação; a avaliação por competências desenvolvidas no ano letivo; o problema do processo de inclusão digital, tanto dos professores quanto dos alunos, e seu impacto no processo de aprendizagem e avaliação; a contraposição da proposta da cultura do educando autônomo e realidade escolar atual; o processo de adaptação para sair do ensino presencial para ingressar no ensino remoto; nem todos os professores têm competência para o ensino remoto; a interação entre a escola e a família, bem como a definição de seus papéis; o problema da falta de assiduidade dos alunos no ensino remoto; as questões emocionais relacionadas ao isolamento social; a avaliação é uma forma de mensuração de juízo de valor; a perplexidade dos profissionais de educação em relação a esse período e ao retorno às atividades; a questão da tecnofobia e da tecnofilia; a oportunidade que a crise trouxe de trazer para a normalidade a mediação tecnológica em formato híbrido; detalhamento da avaliação: onde avaliar, como avaliar, para que avaliar, quem avaliar, quando avaliar e o que avaliar; a personalização da avaliação e seu impacto psicológico nos alunos; a questão burocrática da avaliação; reflexão sobre os marcos legais não estarem preparados para eventos como o isolamento social; a diferença entre a teoria pedagógica e a prática escolar, bem como sua aplicabilidade; novas possibilidades de avaliação mediadas pelas plataformas virtuais; o uso de plataformas digitais como instrumento para aumentar o engajamento dos alunos; a ferramentalização das plataformas digitais como meio de trabalho, não apenas como meio de comunicação; os ganhos de aprendizagem profissional durante o tempo do isolamento social.
Escola e avaliação da aprendizagem no contexto atual | Aprendizagem Remota
Mediador: Claudia Capello – UERJ
Debatedores
Eloiza da Silva Gomes de Oliveira – UERJ
Márcia de Medeiros Aguiar – Cesgranrio / FGV
Ana Valeria Dantas – SEEDUCRJ
Há uma fortíssima polarização política acontecendo no mundo ocidental. Após a queda dos EUA, agora ex-líder do mundo livre (deixando este acéfalo); o advento da supremacia chinesa; e o fortalecimento do neomarxismo pós-moderno, a direita vem se afastando das políticas de centro, num movimento natural de equilíbrio contrário à força da esquerda no mundo, ora o status quo.
Partidos como o Chega em Portugal, o italiano Fratelli d’Italia representam a contraposição de parte da população européia à agenda globalista. Na América Latina, o presidente de El Salvador Nayib Bukele é o atual maior expoente.
Medicalização da vida não tem volta, não tem solução, opina Drauzio Varella | UOL
O doutor Drauzio Varella comentou o uso excessivo do celular e o impacto nas novas gerações.
O seguinte vídeo trata sobre os seguintes tópicos: considerações acerca do ensino remoto; comparação e diferenciação entre o ensino presencial, educação à distância e ensino remoto; a implantação do ensino remoto em massa durante um período de grande pressão psicológica sobre a sociedade; a comparação do uso de ambientes virtuais de aprendizagem formais (desenvolvidos para tal) e as plataformas virtuais sociais; as expectativas de mudanças pedagógicas ocasionadas pela experiência da educação remota; a diferença de preparação de aula entre a educação remota e a educação presencial; a evidenciação da desigualdade social entre os alunos; a dificuldade de adaptação dos cursos de ensino superior para adotar o ensino remoto; a necessidade de flexibilização de cronograma e horário; a necessidade de capacitação dos professores para a docência online; a questão do direito de uso de imagem no caso de gravação de aulas online; a importância das bibliotecas virtuais; a necessidade de adaptação da escola à realidade doméstica de seus alunos; a questão da avaliação da aprendizagem; como lidar com as deficiências de aprendizagem entre dois períodos letivos; a preocupação com a legitimação do trabalho do professor.
Novas formas de pensar objetivos e conteúdos na educação | Aprendizagem Remota
Mediadora: Rita Maria
Debatedores: Maria Inês Fini, Maria Luisa Furlan Costa e Patrícia Smith Cavalcante
Sessões abertas: O cenário da educação mundial, diante da pandemia de Covid-19, experimenta, neste momento, uma realidade totalmente nova, trazendo, a reboque, desafios enormes para toda a sociedade. No Rio de Janeiro, o grupo de especialista se organiza, no sentido de prover aos alunos da rede de Educação Pública Estadual a aprendizagem remota, por meio de mediação tecnológica, sem deixar de lado a importância da relação professor-aluno. Esse grupo estará disponível para empreender, junto às equipes da rede de Educação Pública Estadual, debates relacionados a temas aderentes ao mote que rege as ações do estado, de acordo com a Unesco – #AprendizagemNuncaPara.
Eu poderia ser um cracudo.
Eu poderia me prostituir.
Eu poderia até entrar para a política.
Com tantas colocações mais bem quistas em nossa sociedade, por que denegrir minha imagem me tornando um professor?
Na época de minha mãe, professor era mais do que respeitado. Nas palavras dela, ”a gente tinha medo do professor“. Alunos que se levantavam para o professor entrar em sala nunca o desrespeitavam. Os pais ensinavam as crianças a acatar a autoridade do professor, tanto dentro quanto fora de sala de aula. Claro que, com esse pseudo-poder, havia sim professores que abusavam de tal credibilidade social e apresentavam comportamentos antiéticos (como há em qualquer outro lugar — e ainda há em internatos). Esse temor ao professor criava um ambiente de distanciamento entre o profissional e as crianças. Sob uma perspectiva anacrônica, a posteridade considera tal abordagem como ”tóxica” (jargão atual para qualquer coisa desagradável).
Na minha época, a escola já era considerada extensão do lar. As ”tias” e os ”tios”, apelidos afetivos dados aos professores, representam a mudança no paradigma da autoridade: não mais como autoridades impostas pelo temor disciplinar (até de castigos físicos), mas pela respeitabilidade que se dispõe a um membro da família. Já nessa época surgiam os alunos-problema, que desafiavam a autoridade magisterial tal como dentro de qualquer família há jovens que desafiam seus pais e parentes.
E chegamos à época atual.
Professores sofrem ameaças de violência dentro e fora do ambiente escolar.
Professores são agredidos fisicamente ou verbalmente dentro e fora de sala de aula.
Professoras são assediadas sexualmente por alunos.
Professora aposentada que continua trabalhando é morta a facadas por aluno dentro de sala de aula.
Ao recebimento de notas baixas, pais de alunos voltam-se não contra o desleixado, mas contra o professor.
À reclamação dos responsáveis pelos alunos, a diretoria volta-se contra o professor.
Às queixas da sociedade, as políticas públicas voltam-se contra o professor.
Não há suporte para o trabalho do professor e se reconhece que não há suporte. Porém, em lugar de desenvolverem estratégias para sanar essa deficiência, vemos em seminários posturas como:
“A pesquisa TIC Educação apresenta também evidências gritantes de que a infra-estrutura de TI das escolas públicas brasileiras é, em média, muito deficiente. Ainda assim, a qualidade da infra-estrutura não pode mais servir como justificativa para os professores não usarem tecnologia. Eles precisam ser inspirados a driblar as limitações existentes […]” Haroldo Torres.
Ou seja, mais uma vez a batata-quente é posta nas mãos do professor. Ele que se vire. A “sociedade contemporânea” exige que haja mais tecnologia em sala de aula? Não é o governo ou a escola, é o professor quem tem que criar um jeito de as crianças pesquisarem na internet, mesmo que em suas casas, porventura, não haja nem ao menos saneamento básico, quanto mais um celular.
Eu ainda sou da geração que assistiu “Meu Mestre, minha vida” e “Ao mestre, com carinho” e ficou com a idéia romântica de que é possível com boa vontade, autoridade e disciplina mudar a vida de jovens, contribuir para o progresso da sociedade e ter o trabalho de sua vida admirado, inspirar outros a fazerem ainda melhor. Faltou combinar com a realidade.
O professor não tem liberdade pedagógica alguma em sala de aula. Pelo contrário, ele é apenas mais um funcionário que deve seguir o projeto político-pedagógico da instituição ao qual está vinculado. Esta deve seguir as determinações das secretarias de educação municipais ou estaduais (conforme o caso), além de se conformar às diretrizes federais estipuladas pelo MEC. LDB, PNE, PCN, DCN, BNCC e acrônimos e leis e normas e portarias. Um sem número de obrigatoriedades e restrições emaranhadas com a documentação que precisa preencher para provar que está trabalhando. Sua aula não é sua. Você é apenas mais uma engrenagem na enferrujada máquina pública.
E no caso de escolas particulares, ainda precisa ser mais um a aquiescer às vontades de reizinhos e princesinhas cujos pais não toleram que sejam disciplinados. Ai de ti se afetares os melindres e as susceptibilidades do amado filhinho que não é bolsista. Nem pense em dar mais matéria para casa, pois isso vai prejudicar seu tempo para o cursinho e seu ”tempo de qualidade” com a família.
Tenho dados que demonstram que desde o século XIX professores do Império já reclamavam de baixos salários e péssimas condições de trabalho. Infra-estrutura precária (escolas são pardieiros), falta de apoio do governo, falta de bons livros didáticos. Pouco mudou no cerne da questão em mais de 200 anos. Ainda que a maquilagem fornecida por computadores, smartphones e wi-fi desvie a atenção para telas coloridas, a persistente falta de valorização do professor é problema crônico e endêmico no Brasil. Ou seja, você cresce escutando seus professores reclamando de baixos salários. Se você resolver ser professor, já sabe de antemão que ganhará mal, será maltratado pelos alunos e seus responsáveis e não terá apoio nem da escola nem do governo.
E se mesmo com todos esses reveses você decidir enfrentar a tudo e a todos, bancar-se, ir para uma escola de periferia na capital com o intuito de transformar a vida de jovens, seja por meio da educação ou do esporte, algum traficante de nosso narco-país pode matar você por estar prejudicando os negócios.
O seguinte vídeo trata dos seguintes tópicos:o escopo do que é planejamento formal ou informal;a diferença entre planejamento individual, coletivo e para terceiros;mudanças significativas no planejamento durante sua aplicação;o caso específico de planejamento didático (para terceiros) durante o isolamento social, lidando com as grandes diferenças socioeconômicas e educativas de cada aluno; a diferença no uso da tecnologia para fins de trabalho e para fins pessoais; a ressignificação do uso dos meios tecnológicos para o planejamento à distância; o planejamento coletivo voltado a terceiros na educação à distância; a nova realidade do cenário educacional e as novas necessidades para planejamento; o planejamento flexível em momentos de instabilidade; o planejamento pedagógico brasileiro sendo dependente das instruções e normativos das autoridades governamentais; o uso da tecnologia para suprir as necessidades socioafetivas educacionais durante períodos de isolamento social; a necessidade de definição de objetivos que levem em consideração os conteúdos e as necessidades dos alunos; a individualização pedagógica para cada aluno; a inovação e as iniciativas da educação básica à frente das instituições de ensino superior; o comparativo das iniciativas brasileiras com as estrangeiras; a preparação para o retorno de alunos após período de isolamento; o mau uso dos dados obtidos a partir dos sistemas educacionais; o aumento da autonomia dos professores perante suas turmas; o enfraquecimento da educação pública à distância ao longo dos anos no Brasil; a acentuação de problemas de defasagem no ensino público; a possibilidade de aproveitar a crise educacional para iniciar nova gestão; a necessidade de comunicação dos professores com seus pares; a necessidade de mudança na gestão pública de educação.
Escola e planejamento educacional no contexto atual | Aprendizagem Remota
Mediadora: Aline Amorim –Ifes/UNIREDE
Debatedores:
Rita Maria Lino Tarcia –UNIFESP/ABED
Remi Castioni – UNB
Vanessa Braga –SEDUC/RJ
Estou muito chateado por esses dias. Resolvi escrever para desabafar. Quando escrevi sobre meu problema de coluna ou sobre meu problema de próstata, escrevi para incentivar os parcos leitores que por aqui passem a serem mais positivos com relação aos reveses que a vida por vezes nos traz. Talvez escrevendo eu também encontre uma forma de organizar meus próprios pensamentos.
Desde que eu era bem pequeno, eu sempre tive dentes muito (muito) sensíveis. Comida quente ou fria sempre me machucou a boca. Aftas sempre foram freqüentes também. Para trocar os dentes de leite foi um sacrifício. Cada dente que caía era um suplício. Meu canino direito foi o mais difícil, ficou acavalando até que foi tirado na marra. Sofri de bruxismo por um tempo, e até hoje, quando tenho febre alta por alguma doença, durmo roçando os dentes.
Mas o bruxismo não tem como ser a causa do meu principal problema. Nada se compara a ter dentes fracos e quebradiços. Meu primeiro dente quebrado foi um molar, que quebrei comendo maçã. Ao morder a semente, um pedaço do dente foi embora. Eu era muito pequeno, mas me lembro do susto. Passei a ter medo de mastigar corretamente. Mesmo se tentasse, meus dentes são tortos e não consigo fazer a oclusão. Há apenas um ponto de contato. E sobre esse ponto de contato está a outra obturação. Após certo tempo, outro molar quebrou, do outro lado, exatamente onde as duas mandíbulas contactam. Também foi uma experiência infantil ruim ao escutar da dentista que eu não cuidava bem dos meus dentes. Nessa época, havia o comercial na TV do ”Pedrinho que não escovava os dentes”. Ninguém deve se lembrar disso, era um comercial do governo promovendo higiene bucal. Mas também ficou marcado na minha memória.
Com as obturações veio também a neurose. O medo de quebrar meus dentes tomou conta de mim. Mesmo com dentes tortos e sem oclusão correta, nunca coloquei aparelho com medo de danificar os dentes. Além disso:
a) Fui uma criança que não chupou bala, pirulito ou doces, por medo de ter cáries. Biscoitos, só os macios.
b) Nunca masquei chiclete para não danificar as obturações dos dentes quebrados.
c) Nunca mordi picolé para não danificar os dentes da frente.
d) Sempre evitei comidas duras para não danificar os dentes.
e) Sempre evitei cítricos (laranja, limão) para que os ácidos não danificassem o esmalte.
f) Passei a intencionalmente dormir de boca aberta. Quando dormindo percebo que fechei os dentes, acordo assustado e abro a boca.
g) Passo o dia inteiro conscientemente de boca aberta. Eu nunca faço a oclusão. Passo o dia inteiro com a língua entre os dentes, ou pressionada contra o céu da boca (como agora enquanto escrevo), para que os dentes de cima não encostem nos de baixo.
h) Escovo os dentes com delicadeza e religiosamente antes de dormir passo o fio dental. Ao ponto de não conseguir dormir se não passar o fio dental. O tempo despendido em escolher o fio, as escovas (uso duas, uma para cada parte da boca) e a pasta não é saudável.
i) Eu não mastigo a comida: eu esmago a comida no céu da boca com a língua. Só como alimentos facilmente pastosos e de fácil digestão.
j) Corto todos os alimentos, incluindo pão, para não forçar os dentes.
k) Não durmo de bruços ou em posição que exerça pressão nos dentes.
l) Bebo ao menos um litro e meio de leite por dia para ter bastante cálcio.
São praticamente 30 anos de cuidado assíduo, neurótico, fanático com minha dentição. Então um dos dentes da frente quebrou usando fio dental. Passei o fio com o cuidado de sempre e a ponta simplesmente voou pelo banheiro. Fiquei muito chateado, mas pensei comigo mesmo: ”faz parte do processo natural de envelhecimento”. Algum tempo depois tive um febrão e com o bruxismo também a ponta de outro dente quebrou. Fiquei muito chateado, mas pensei comigo mesmo: ”não foi minha culpa, é seqüela de ter ficado doente, tal como tenho seqüela do acidente no meu pé, ou seqüela na coluna pelo envelhecimento/excesso de peso. Não sou mais um garotinho…”.
Então, anteontem fui comer pão. Não pão francês, mas aquele pão de forma super macio e fofinho. E a ponta de outro dente quebrou. No início achei que havia ficado com alguma aveia presa entre os dentes, e ao olhar no espelho lá estava o estrago.
Não importa se é pouca coisa (para mim não é), não importa se é só a ponta, não importa se é pela idade, não importa qualquer que seja o motivo. É revoltantemente frustrante para mim isso acontecer. Com todo o cuidado que eu tenho, com todo o esforço que faço, por todas as coisas que deixei de fazer, por uma vida inteira de preocupação em não quebrar os dentes, com todas as fantasias de ”e se um acidente acontecer?”, ”e se eu cair no chão de boca?”, ”e se eu levar um soco?”, ”e se eu bater em algum lugar?”, quebrar o dente comendo pão? Comendo pão?
Indignação não adianta nada. Revolta não adianta. A frustração não vai restaurar o dente. A idéia é aceitar que tenho dentes fracos e que provavelmente não estarão aqui até meus 80 anos. Optei por desistir. Se é para quebrar, que quebrem. Isso não significa deixar de cuidar deles. Continuarei cuidando exatamente tal como faço hoje, com o mesmo afinco, mas não espero mais preservá-los até a minha idade avançada.
Optei por finalmente procurar um ortodontista. Verei se me é possível colocar aparelho. Se for, tentarei alinhar a dentição. Se não, continuo mordendo a língua.
Notícias do fronte:
Dia 21/05, domingo, a estrepada da minha mãe estrepou-se, estrepando-se estrepadamente na escadaria do prédio. Por algum motivo, ela achou que estava fazendo teste prático para o Cirque du Solei e fraturou o joelho. Emergência de hospital, chapa, tomografia, gesso. E um monte de consultas médicas desmarcadas.
Mas isso não vai me impedir de ver se dá para dar um jeito nos dentes.
Fui pela última vez em janeiro fazer a manutenção. Foi a última consulta com a dentista com quem me trato há vinte anos. Ela decidiu fazer curso nos EUA e duvido que volte para o Brasil. Então eu fui a outra clínica (literalmente na esquina da rua de casa) para ver o dente quebrado, fazer a limpeza e perguntar do aparelho. Do nada surgiu uma cárie, e ele queria fazer a limpeza com raspagem e anestesia. Já a ortodontista queria lixar meus dentes e sugeriu arrancar o siso se necessário.
Não.
E fui me consultar com a dentista (Dra. Débora) que substituiu minha dentista (Dra. Bruna). Além de o atendimento ser muito bom (e humanizado), não tem cárie, é o mesmo selamento que tenho desde pequeno, e ela me indicou que procurasse a chamada ”ortodontia invisível” (de que nunca havia ouvido falar). Procurei, descobri e fiquei bastante motivado, pois não tem risco de quebra de dentes com os brackets. Daí fui fazer a bateria de exames hoje, 23/05.
E que vergonha. Achei que seria paciente modelo, pois em todo médico a que vou não dou trabalho (exceto dentista). Até exame de próstata faço numa boa. PQP. Tive de repetir a chapa várias vezes porque toda hora me mexia, na hora de fazer o molde quase vomito em cima do médico, e volto para tirar mais chapas, e quase vomito de novo umas três vezes, e saio para tomar uma água e me recompor. Até para tirar fotos dos dentes foi um custo colocar os separadores de bochecha, ou sei lá como se chama aquilo. A única coisa que não deu trabalho foi tirar foto da minha cara de marrento.
Ao menos descobri que meu 4º siso é dorminhoco. Dia 05/06 pego o resultado e marco com essa ”ortodontia invisível”.
Eu deveria ter escrito antes. Deveria?
Pressa é uma coisa que a gente gasta com a vida. Já tive muita pressa. Agora aceito as coisas quando elas vêm, no tempo em que elas vêm. E também só ajo no momento oportuno. Só escrevo quando vem a vontade de escrever. Após as surpresas ortopédicas (fratura na perna) e ginecológicas (microcirurgia) da minha mãe, chegou o tempo de escrever e contar como está sendo minha aventura odontológica.
Falei que iria à clínica pela primeira vez após pegar o resultado dos exames. Atrasei um dia por conta de outro compromisso. Lá no Méier (06/06), apresentei a identidade e peguei os laudos em minutos. E não precisei passar vexame outra vez… De lá, fui para meu local de trabalho. Com os resultados em mão, eu e minha mãe fomos pessoalmente à clínica fazer a marcação e conhecer o lugar.
Para começar, é um lugar limpo. Parece estranho dizer, mas eu reparo na higiene de toda clínica a que vou (sou chato com isso) e aquela clínica é bem higienizada. Fizemos a marcação (11/07) e o famigerado Pica-Pau veio fazer uma visita: peguei uma gripe horrorosa e fiquei uma semana de molho. Tive de desmarcar e remarcar. Não tinha como ir com febre alta e coriza para ficar tossindo na cara dos outros.
Uns dias depois (28/07), já recobrado, lá fui fazer a primeira consulta ortodôntica. Se você, parco leitor, resolver se guiar por minhas impressões, elas seguem:
1º) Antes de fazer a marcação, eu já havia pesquisado sobre a clínica. Além de ter boas referências e ser num lugar decente, é devidamente cadastrada na empresa que fabrica o tal ”aparelho invisível”.
2º) Todo o atendimento foi humanizado: deu para sentir que eu estava sendo tratado como uma pessoa, não como mais um cliente. É algo para além da educação, como dizer… ”empatia” creio ser a palavra adequada.
3º) Todo o procedimento foi minuciosamente explicado para não ficar dúvida alguma. Você sai de lá sabendo exatamente como será feito o trabalho. Acho que isso é muito bom, pois tem gente que gosta de fantasiar expectativas. Como minha família tem inúmeras vivências com médicos de todo tipo, por vezes me surpreendo com o que acreditam pessoas que não estão acostumadas com questões de saúde…
4º) O preço está de acordo com a complexidade do serviço. Pensei que seria muito mais caro, mas as parcelas cabem no orçamento. Parcelei no cartão de crédito sem maiores dificuldades.
Disso posto, voltando ao fronte.
No dia 28 mesmo fiz o exame de digitalização em 3D dos meus dentes. Não dura nem 5 minutos e alimenta o computador com uma cópia fiel da minha dentição (melhor que o molde do vídeo acima). O próprio programa calcula quantas placas serão necessárias e o tempo do tratamento. Essa estimativa inicial ainda precisaria ser corroborada com os cálculos finais. Tudo feito para a primeira consulta, depois os demais funcionários, minha mãe e eu ficamos conversando sobre casos de outros pacientes. Todos foram muito simpáticos lá.
Hoje, dia 25/08, chegou o resultado dos cálculos finais. A doutora ficou esperando minha autorização para iniciar a confecção das placas. Acontece que os cálculos iniciais sugeriram que fosse realizado um lixamento em meus dentes. Um desbastamento de alguns milímetros entre os dentes para que a dentição pudesse ser deslocada para a posição padrão.
E meu âmago sentiu. Como escrevi na primeira parte desta saga, eu tenho muitos (muitos) traumas com relação aos meus dentes. O motivo pelo qual eu finalmente resolvi colocar aparelho depois de burro velho foi a quinta quebra. Só a idéia de eu tirar ainda mais me deu ânsia.
Sim, eu estou ciente de que são milímetros.
Sim, eu estou ciente de que é indolor.
Sim, eu estou ciente de que não causa danos futuros.
Sim, eu estou ciente de é a melhor opção estética.
Só que o instinto me disse na hora que não. Então é não.
Além do mais, se ao final do tratamento eu sentir que preciso, posso fazer o lixamento e colocar os dentes na posição padrão. Não é uma decisão irreversível. Lixar é.
Está previsto para eu receber o primeiro conjunto de placas em setembro. Eu não tenho pressa alguma para começar ou para terminar. Como disse no começo desta parte, não tenho mais pressa de nada. Tudo só acontece no momento em que deve acontecer, nem cedo, nem tarde.
Ficou marcado então para o dia 22 de setembro o recebimento das placas. Para me preparar para o dia, fui novamente até a Dra. Débora fazer limpeza nos dentes, preparando-os para o procedimento a ser realizado pela Dra. Adriana. Como sempre, eu estava com minhas gengivas inflamadas. Toda a dor e todo o suplício que passo em dentista sempre foram por conta das minhas gengivas. Meus dentes não doem, mas as gengivas doem bastante. A Dra. Débora receitou Malvona, que comprei brevemente e passei a usar diariamente. Feita a limpeza, dia 22 fui até o consultório da Odonto7.
Cheguei um pouco mais cedo, esperei alguns minutos e logo fui atendido. No consultório, fui direto para a cadeira de dentista, pois “havia muito trabalho a ser feito”. Particularmente eu achei que tudo foi feito em menos de 5 minutos. Já minha mãe disse que foi mais de uma hora de preparação. Minha percepção de tempo demonstra que o trabalho feito é indolor.
Claro, eu senti dor em minhas gengivas. Colocar os afastadores na bochecha doeu nas gengivas, e a sucção da saliva me deixou com duas marcas de machucado embaixo da língua. É importante que não haja salivação durante o procedimento, então machucou um pouco. Pense numa espinha estourada: foi mais ou menos esse o tamanho.
Esse procedimento foi para colocar os fixadores em meus dentes. Tem quem chame de attachments, tem quem chame de brackets. Eu chamo de fixadores porque é o que eles fazem. São minúsculas resinas feitas para segurar os aparelhos nas arcadas. Elas ficam coladas nos dentes e não são retiráveis por alicates, como em aparelho fixo (meu temor em colocar aparelho era por conta disso). Para remover, elas são desbastadas pelo aparelho rotor, aquele que faz o temido barulhinho de obturação de cárie.
É seguro? Sim. Essa resina é mais frágil que o dente, então a ponta usada para removê-la não consegue danificar o dente em que ela fica grudada.
Feito o procedimento, gosto salgado e azedo na boca, recebo o primeiro conjunto de placas. No momento em que as recebi, foi muito fácil colocá-las e retirá-las. Indicativo de que tudo seria muito tranqüilo. Então a Dra. ensinou como cuidar das placas, ganhei livrinho, caixinha bonita etc. Naquela hora, a única coisa que me deixou feliz foi pela primeira vez em minha vida poder encostar as arcadas ao fechar a boca. Após tanto tempo conseguir fazer isso foi como uma pessoa surda escutar pela primeira vez.
E saí de lá feliz, ditoso e venturoso, acreditando que tudo deu certo. Só me esqueci de combinar com a vida, pois nada (nada) que faço dá certo de primeira. Absolutamente nada. Por que acreditei que com aparelho seria diferente?
Vamos lá: as placas são feitas sob o formato dos dentes. O formato exato. Milimetricamente. Cada reentrância, cada ponta, mesmo as quebras, tudo é copiado pelo computador exatamente conforme a arcada do sujeito, no caso, eu. As placas se encaixam sem nenhuma sobra, e isso inclui o formato dos fixadores.
Como meus dentes são bastante tortos (conforme vídeo acima), os fixadores dos dentes da frente estavam segurando com tanta pressão as placas que eu fiquei com medo de os dentes quebrarem. E isso foi suficiente para a ansiedade me vencer. Todos os traumas vieram à mente ao mesmo tempo e fiquei completamente travado. Simplesmente não consegui colocar o aparelho novamente em casa.
E volta o cão arrependido para o consultório. Situação explicada para a Dra., fixadores dos incisivos retirados. E finalmente pude colocar e tirar as placas sem medo de quebrar os dentes. Assim, desde o dia 26/09 estou usando os aparelhos conforme o figurino e já posso contar mais ou menos como é a experiência de usar esse tipo de aparelho:
1) É invisível mesmo? Não. Mas é transparente e não chama a atenção, ao ponto de que meus colegas de trabalho não perceberam que eu estou usando aparelho. Ninguém vê se você não contar para eles.
2) Dói? Sim e não. Na hora de tirar e colocar de volta, parece que você está parindo um bezerro pelo buraco da cárie (que não tenho). Ao menos nos primeiros dias. Mas também não tive bons primeiros dias, então não tenho como dizer como será para outra pessoa. E também depende da posição dos dentes de cada um. Mas depois você se acostuma com a dor de tirar e botar passa a ser um incômodo momentâneo.
Durante o dia, não. Não apenas não incomoda como é bastante confortável. Como eu disse, as placas têm o formato exato dos dentes, então é como se estes estivessem usando uma ”roupa colante”. Pense em dentes usando roupa apertada e imaginará a sensação. Eu até esqueço que as estou usando.
3) Pode beber e comer? Depende do momento e do que vai comer. Eu fui fazendo os testes. Para não ficar tirando e botando, optei por fazer refeição líqüida no lugar do almoço e retirar as placas só para jantar comida sólida. Para limpar a boca, bochecho com bastante força e fica tudo razoavelmente limpo. Já para o jantar, no começo, a dor de tirar e colocar as placas me impedia de comer direito. Agora já não incomoda tanto.
Também fiz o teste e tentei comer com eles, mas faz tanta sujeira que acaba não sendo vantajoso. Como precisa escovar os dentes do mesmo jeito, então é melhor tirar as placas e fazer a limpeza completa depois (escova, fio, Malvona).
Hoje 10/10 já estou com o princípio de formação de tártaro novamente nos dentes de baixo. Essa praga me acompanha porque meus dentes são tão apinhados que não há escova ou fio que chegue aonde o tártaro se forma…
Benefício adicional: por estes dias tenho acordado assustado por conta de bruxismo mas as placas estão protegendo meus dentes. Se não fossem por elas, teria quebrado os dentes de cima dessa vez. Agora estou dormindo confiante de que não terei problemas por causa do bruxismo. Isso é tranqüilizador.
Notícias do fronte: 27/01/2024
Não há muita coisa nova a comentar sobre o tratamento. As semanas passam e tudo se repete: ir à dentista, pegar novas placas, ver se algum fixador caiu, trocar as placas a cada 10 dias, repetir.
Mas com fins de mero registro, gostaria de salientar que
1) A quantidade de tártaro que normalmente se acumulava em meus dentes diminuiu bastante. Mesmo estando apenas na metade do tratamento, os dentes já estão razoavelmente separados, o que me permite passar o fio dental com muito (muito) mais facilidade do que era antes.
2) Meus dentes ficaram manchados. Não faço idéia do motivo, mas os dois dentes incisivos estão com manchas escuras. Muito provavelmente pelo fato de eu passar o dia inteiro com as placas e só trocar à noite. As manchas devem ser por causa dos shakes que tomo. Seria o mesmo para quem bebe bastante café.
3) Por algum motivo, as placas 09 e 10 doeram demais. Todo o tratamento está sendo indolor, não sinto as placas durante o dia, só sinto na hora de tirar para escovar os dentes e na hora de colocá-las de volta. Nesse momento dói. É preciso esperar alguns minutos para poder comer. Mas as placas 09 e 10 doeram durante os vinte dias em que as usei. Só elas foram diferentes das demais. Abaixo seguem fotos reais referentes ao período.
Fotos reais, sem efeitos especiais.
Assim sendo, semana que vem já tenho dentista marcada para fazer limpeza (remoção de tártaro). Nada de novíssimo no fronte.
Notícias do fronte: 28/05/2024
Terminada a primeira etapa. Após 270 dias de tratamento, os resultados preliminares já podem ser vistos claramente. Mesmo não tendo feito a raspagem nos dentes para dar espaço, o alinhamento já é bastante visível. Embora continue não encostando as arcadas, isso não ocorre mais por impossibilidade, mas por hábito. Hoje, já me é possível encostar a arcada de cima na de baixo com três pontos de contato entre elas. Isso me era impossível alguns meses atrás.
Meus dentes estão como os do Tom Cruise. Só me falta agora fama, beleza e dinheiro.
Como era esperado, parto agora para a segunda fase do tratamento. Já está tudo incluído no preço original, caso alguém tenha alguma dúvida. Fiz uma nova digitalização dos dentes e foi enviado para análise, para fazer as novas placas e prosseguir com o alinhamento.
Quais são as principais mudanças que notei até agora:
Graças ao aparelho, evitei quebrar meus dentes 5 vezes neste período. Devido ao bruxismo e ao bater de dentes durante o dia, o aparelho protegeu os dentes. Seja acordando assustado com os dentes batendo uns nos outros, seja um movimento brusco com a boca, o aparelho salvou o dia 5 vezes.
A higiene está muito melhor. Graças ao alinhamento, posso passar fio dental com muito mais facilidade. A quantidade de tártaro diminuiu muito, não tem nem comparação. Mudar a alimentação por conta do aparelho também ajudou bastante. Meus dentes nunca estiveram tão limpos e saudáveis.
Descobri um selamento (uma cárie que se curou sozinha). Graças ao alinhamento, os dentes se afastaram uns dos outros e pude encontrar um selamento entre dois dentes que jamais teria visto se não fosse por isso. A cárie ficou oculta exatamente porque os dentes estavam tão colados uns nos outros que não dava para ver. Agora a dentista consegue ver e podemos monitorar mais um selamento que tenho (são vários, provavelmente o tenho desde criança).
Agora é só aguardar a segunda leva de placas alinhadoras para continuar o tratamento. Tenho placas de contenção por mais 30 dias.
Notícias do fronte: 06/08/2024
Nada de excepcionalmente novo, o tratamento continua normalmente. No dia do recebimento do novo jogo de placas mês passado, coloquei mais fixadores nos dentes. Agora praticamente todos os dentes têm fixadores, o que faz com que ao tirá-los eu sinta como se estivesse com a boca cheia de areia grudada nas bochechas. Uma chatice.
Um dos fixadores nos molares caiu logo no começo e voltei lá para recolocá-lo. Uns dois ou três dias atrás caiu de outro molar, mas não voltarei por causa dele. A doutora explicou que os fixadores não são essenciais, embora ajudem a manter a placa presa no lugar. As placas estão bem mais apertadas desta vez, e parece que esta segunda etapa durará o mesmo tempo da primeira (também são 270 dias). As placas mais apertadas, desta vez, doem um pouco, mas nada impossível de agüentar. A dor passa no terceiro dia, em lugar de passar logo no primeiro como durante a primeira etapa.
Não tem realmente nada de mais importante. Só duas coisas:
Minha mãe disse que esta madrugada mesma eu tive um bruxismo muito forte. Não senti nada e as placas, mais uma vez, protegeram meus dentes.
Amanhã tenho dentista para tirar tártaro. Como desta vez têm muito mais fixadores, estou com dificuldade para passar fio dental. E tem tártaro nos fixadores…
Notícias do fronte: 05/11/2024
Estou de férias do trabalho. De molho em casa, minha mãe resolve que temos que resolver um monte de coisas na rua e me carrega para todo canto. É a síndrome de Jaque: “já que você está aí, vem resolver isso aqui”.
Mas esta postagem não é sobre isso, é sobre o tratamento dentário, então vamos lá. Apenas duas coisas diferentes para relatar. Em minha ida à dentista em agosto para fazer a limpeza, ela suspeitou de que o tratamento ortodôntico poderia estar danificando a estrutura de minhas arcadas, pois as gengivas estavam muito avermelhadas e haveria sinais clínicos de perda de massa óssea. Ela sugeriu que eu interrompesse o tratamento ortodôntico e consultasse a ortodontista.
Nisso já se pode ver a diferença deste tratamento para o tradicional: bastou não usar as placas durante o dia. Eu mantive o uso das placas para dormir por conta do bruxismo, mas passei aquela semana sem elas. Se fosse o tratamento tradicional, com os ferrinhos fixos, não teria essa possibilidade.
A ortodontista solicitou exame de raios-x e constatou que era alarme falso. Minhas gengivas estavam mais vermelhas e sensíveis por causa da maior pressão nesta fase final. Ocorreu perda óssea mínima em dois pontos apenas para dar espaço para os dentes descerem à posição correta. Lembra que no começo do texto eu falei que não quis lixar os dentes? Então, o espaço teria que vir de algum lugar…
Está tudo indo bem, as placas são bem mais apertadas, mas nada que incomode mais do que um ou dois dias. Só para colocar e tirar que dói um pouco, mas passa rápido.
Minha única reclamação é a segunda coisa: tártaro. Esse troço parece atrair tártaro como um ímã. Tem 90 dias que fui fazer limpeza de tártaro e já está cheio de novo. E a pior parte é que não é o ”mesmo” tártaro de antes! Já explico. Antes do tratamento, havia pontos onde se acumulava (bastante) tártaro por não ter espaço para fazer a limpeza. Ou a escova não chegava ou o fio não alcançava. Pois bem, com os dentes mais alinhados, isso acabou, a limpeza entre os dentes está muito mais fácil. Porém no entorno os fixadores parecem estalactites saindo da minha boca. E passa palito, e passa fio, e passa escova… Um horror. E toca fazer limpeza de novo…
Mas olhe o lado positivo: até minha dicção melhorou um pouco! Quem me conhece sabe que eu não sou um excelente orador, mas mesmo assim dá para perceber que a voz e a pronúncia das palavras melhoraram após acertar os dentes. Interessante, não?
Notícias do fronte: 19/01/2025
Estou me aproximando da etapa final do tratamento. Nos últimos três meses a única coisa diferente que aconteceu foi que meus dentes passaram a usar suspensórios. Ocorre que meus dentes superiores não baixaram conforme o esperado e foi necessário fazer um ajuste especial. Pequenos elásticos foram postos para forçá-los a descer para a posição correta.
O procedimento consiste em colar um pino incolor nos dentes que precisam descer. É feito um corte na placa para poder segurar o elástico. Assim, o elástico puxa o dente na direção da placa e esta o apara. Inicialmente eu fiquei com bastante receio. Afinal, se o dente não desceu em um ano e meio, não seria arriscado demais forçá-lo a descer em semanas? O medo de danificar as raízes por conta da força de tração fez-me pensar bastante antes de iniciar a correção.
E ao colocar o elástico percebi que era completamente infundado. A tração é tão leve que é imperceptível. E para minha surpresa, no meu caso, desceu a metade do que deveria descer na primeira noite. Duas semanas depois, retornei para mais uma consulta e sugeri fazer o mesmo com o segundo dente que não estava descendo. Agora os dois lados tem “suspensórios”. Os elásticos e os pinos onde eles ficam presos são incolores e não dá para ver, mesmo se eu sorrir. Eles ficam presos na própria placa removível.
Ficar com os elásticos permanentemente deixava os dentes doloridos, então passei a colocá-los somente para dormir e tirá-los pela manhã. Ainda que seja pouco, um elástico puxando o dente para baixo o tempo todo vai causar desconforto. Estou passando os dias sem os elásticos e não sinto absolutamente nada. Os dentes já estão praticamente alinhados na posição padrão.
A playful and cartoon-style illustration of a smiling tooth character wearing blue suspenders. The tooth has a friendly and cheerful expression, with suspenders.
Notícias do fronte: 29/06/2025
Notícias do fronte: 29/06/2025
Já faz bastante tempo que não atualizo esta postagem sobre o andamento do tratamento ortodôntico que estou fazendo. Várias coisas aconteceram e acho importante compartilhar aqui para dar mais informações caso alguém esteja interessado neste tipo de tratamento.
No mês de maio, minha mãe sofreu um infarto. Foram dias horríveis em que estivemos internados em hospital, ela como paciente e eu como acompanhante 24hs. Por praticamente um mês nossa rotina foi completamente alterada. Ela, acamada e eu, à disposição, resolvendo todas as outras coisas.
Além da dieta do biscoito maizena, obviamente eu não tinha como proceder às trocas das placas no prazo correto. Eu precisava estar em 100% de eficiente o tempo todo, não podia me dar ao luxo de me preocupar com a troca de placas. Fiquei com as mesmas placas por praticamente um mês, antes de marcar uma nova consulta e remanejar as datas para as trocas subseqüentes.
Nisto eu posso demonstrar mais uma vantagem deste tipo de tratamento, em oposição ao tratamento tradicional com aparelho fixo: não havia a preocupação de passar o prazo. O tratamento com aparelho fixo exige que você esteja no ortodontista toda semana para reajustar a pressão dos ferros. Eu vi um caso em que a paciente até perdeu um dos dentes por ter deixado passar muito tempo o retorno. Esse perigo não existe com o tratamento por placas removíveis, pois ele pode ser interrompido e retomado a qualquer tempo.
Conforme o tratamento continuou, mais uma vez um dos dentes não quis encaixar direito na placa. Desta vez foi um dos dentes de baixo. Por estarmos nos encaminhando para o final do tratamento, a Dra. Adriana salientou a importância de consertar isso tão breve quanto possível. Os dentes precisam se encaixar perfeitamente nas placas para um melhor resultado final.
Lá atrás, eu tive dor em duas placas específicas, por causa do tipo de movimento que os dentes estavam fazendo. Os movimentos principais para colocá-los na posição correta. Desta vez foi diferente, a dor ocorreu porque o fixador preso ao dente não estava se encaixando no recesso da placa. Conseqüentemente a placa estava fazendo continuamente força contra o dente, causando dor.
À esquerda, imagem sem aparelho. No meio, quando você coloca um aparelho que não encaixa, é igual um soco na boca. À direita, a afta sangrando. (E sim, Baki, the Grappler é uma bosta tão ruim quanto dor de dente).
Mais uma vantagem com relação ao tratamento tradicional, bastou-me cortar o pedacinho da placa que estava me machucando com uma tesoura comum para aliviar a pressão.
Então decidimos mais uma vez colocar um prendedor para elásticos no dente, tal como fizemos nos dentes superiores. Eu os chamo de “anteninhas”, porque parece que os dentes ficam com antenas. Acabei não colocando foto das anteninhas nos dentes superiores, mas resolvi colocar uma foto do dentinho de baixo com a antena.
Como você pode ver, não dá para ver nada. O aparelho é transparente, os elásticos e todos os apetrechos não chamam atenção alguma. Mais uma vez, o corte que foi feito originalmente não foi suficiente para o prendedor do elástico passar e eu mesmo tive que fazer uma pequena “cirurgia” na placa. Só cortar um pouco mais e passar uma lixa de unhas para tirar as rebarbas. É realmente muito simples para você mesmo ajustar caso se sinta desconfortável.
Também ganhei uma cerinha odontológica para passar, caso surgisse alguma afta. O lábio inferior é mais próximo aos dentes e mais requisitado durante a mastigação, então eu tive uma pequena afta no primeiro dia, mas já passou. A cera ajuda bastante em alguns casos. No meu, foi só no primeiro dia e já não preciso mais.
A causa da afta não foi o prendedor do elástico, mas uma rebarba que tirei com lixa de unha.
No mais, agora é só aguardar as próximas placas e torcer para que o dentinho de baixo suba um pouco. Diferentemente dos dentes superiores, que desceram logo nos primeiros dias, este é teimoso e não quer subir. Por mim, não faz diferença, não estou fazendo este tratamento por questões estéticas, mas pela saúde bucal.
A limpeza dos meus dentes nunca foi tão boa. Mesmo depois de toda a dieta do biscoito, houve pouquíssimo tártaro. O fio dental passa tranqüilamente onde antes nem entrava. Posso usar escova interdentária, posso vigiar melhor as reentrâncias dos dentes para ver se há alguma cárie.
Está tudo indo bem.
E quanto à minha mãe, já voltou à sua rotina quase normal. Um pouco diferente, algumas restrições, mas ela está feliz por ter voltado para casa. E eu também.
13:24 13/12/2025 Notícias do fronte: o tratamento acabou.
Não há realmente notícias novas com relação ao tratamento em si, tudo o que era para ser discutido já foi escrito nas atualizações acima. As únicas coisas diferentes são relacionadas às peculiaridades do meu tratamento em particular.
Ao finalizar o tratamento, é necessário usar placas de contenção. Essas placas, assim como as do tratamento, são feitas sob medida segundo a posição final dos dentes do paciente. Elas são mais duras, mais grossas e feitas para durar.
Porém, antes de encomendar as placas, era necessário resolver o problema dos meus dentes quebrados. Afinal, foram essas quebras que me trouxeram até aqui. Como eu relatei há vários meses, eu sou todo traumatizado com relação aos meus dentes e o medo de realizar obturações que precisassem desbastar os dentes também foi levado em consideração.
O Dr. Matheus da equipe profissional da Inovier fez o trabalho de restauração dos dentes, assegurando que não haveria nenhum tipo de desbaste. Agora os meus dentes que antes eram quebrados são exatamente os mais fortes por conta da proteção que receberam.
Uma coisa importante de salientar: se eles quisessem realmente fazer somente por dinheiro, teriam feito também o reforço de outros dois dentes que não precisavam. O Dr. Matheus disse que seria melhor que eu NÃO fizesse, pois a estética natural deles é bem melhor que a da resina. Nisso já se vê que eles priorizam o paciente, não o que é melhor para a clínica.
Depois de ter feito a restauração, fiz novamente a moldagem digital dos dentes para encomendar as novas placas de contenção. Eu continuei usando a última plaquinha de ajuste, para não ficar sem nada. Quando as novas placas chegaram, finalmente chegara a hora de tirar os fixadores dos dentes.
Que horror.
Uma dica: tome paracetamol ANTES do procedimento. O procedimento em si não dói nada, mas o vento da broca é horrível. E o cheiro ruim de “resina queimada” (não queima, mas tem cheiro). Não dá para tirar tudo numa sessão só, então você precisa voltar uma ou duas vezes, dependendo do seu caso. Pequenos “preços a pagar” pela segurança desse sistema.
Procedimento de retirada de fixadores dentários.
No procedimento de ortodontia normal, os fixadores são grudados nos dentes de modo que para retirá-los, utiliza-se um alicate especial. Embora seja raro, existe um risco real de quebra do dente durante a retirada do fixador. Já no modelo Invisalign, os fixadores são feitos de uma resina menos resistente que o dente. Desse modo, com uma broca especial, ela é desbastada tal como uma obturação. Porém, diferentemente de uma obturação, cuja resina é tão forte quanto o osso, essa resina do fixador é fraca (às vezes cai sozinha). A broca usada para retirá-la é flexível e não há como danificar o seu dente (mesmo se o dentista tentasse, não conseguiria).
Essa segurança no final do tratamento foi um dos principais motivos de eu ter escolhido essa opção. Todo o tratamento foi feito segundo minhas peculiaridades. Não houve extrações, não houve desbastamento dos dentes, as obturações restauraram o que havia sido quebrado e no final ainda ganhei uma limpeza.
Agora tenho uma dentição normal. E estou devendo um vídeo-depoimento que prometi para enviar para a clínica. Quando estiver pronto, coloco por aqui. E a postagem se encerra de vez.
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O vídeo que estava devendo. Agora sim, esta postagem acabou. 05/05/2023 – 13/12/2025
Por que o Brasil tem a população mais ansiosa do mundo? BBC News Brasil
Especialistas apontam para estresse causado por isolamento na pandemia, índice elevado de desemprego, recorrentes mudanças no rumo da economia e falta de segurança pública como principais fatores. Ouça áudio de reportagem de Rone Carvalho.
Destaque da matéria: Tipos de transtornos ansiosos
Transtorno de ansiedade generalizada: tem como principal característica a preocupação excessiva e generalizada sem motivos óbvios em situações do dia a dia. Ou seja, o paciente fica sempre antecipando que algo de ruim vai acontecer, permanecendo em um estado de constante preocupação.
Transtorno de pânico: tem como principal característica uma sensação de medo intensa e repentina seguida por sintomas físicos (aceleração dos batimentos cardíacos e da respiração, suor frio, falta de ar, tontura, tremores, entre outros). Esses episódios podem acontecer a partir de qualquer momento, durando até 30 minutos.
Transtorno de ansiedade social: quem tem transtorno de ansiedade social, ou fobia social, tem intensa dificuldade em interagir com outras pessoas. Isso pode se referir desde a uma conversa com um grupo ou até mesmo a apresentação de um trabalho para a turma em ambiente de ensino. Dessa forma, o gatilho para o surgimento dos sintomas típicos da ansiedade costuma transitar na área da socialização. Dessa forma, a fobia social contribui pra que o paciente busque se isolar cada vez mais, evitando as suas fontes de angústia.
Agorafobia: é o transtorno de ansiedade relacionado a estar em situações ou locais sem uma maneira fácil de escapar. Em geral, trata-se de casos sem um perigo iminente óbvio, mas, mesmo assim, a pessoa se sente angustiada em busca de uma saída. Um dos casos mais comuns de agorafobia costuma ser o de não suportar ficar em locais lotados ou muito fechados, como dentro de um ônibus ou avião. Quem sofre com esse transtorno também costuma não se sentir bem em elevadores e demais espaços pequenos.
Transtorno de estresse pós-traumático (TEPT): tem como principal característica as lembranças recorrentes e intrusivas de um acontecimento que foi altamente angustiante para o paciente. Esse episódio traumático pode ser desde um acidente até a morte de um ente querido. O que diferencia o TEPT de um quadro de choque ou tristeza convencional é a prevalência dos seus sintomas, que vão de dificuldades para dormir até hipervigilância.
Transtorno de estresse agudo: a principal diferença do transtorno de estresse agudo para os demais tipos de ansiedade é que ele geralmente ocorre a partir da vivência ou testemunho de um evento traumático específico. Assim, o paciente fica revivendo aquele acontecimento e se angustiando com ele de maneira constante. Por ser um quadro agudo, ele não costuma durar muito tempo. Em até um mês, os sintomas geralmente se amenizam. No entanto, ainda assim é válido obter o diagnóstico de um especialista para avaliar o caso e contar com o tratamento adequado.
Mutismo seletivo: se caracteriza principalmente pela incapacidade de se comunicar verbalmente em situações sociais. O caso é diferente da fobia social, ou transtorno de ansiedade social, porque geralmente costuma cessar antes da adolescência ou vida adulta.
Transtorno de ansiedade de separação: aquela sensação de ter saudades de casa pode se manifestar de maneira muito mais grave na forma do transtorno de ansiedade de separação. Nesse caso, o paciente passa por sensações de angústia e desespero ao se separar de um ambiente que considera familiar e agradável.
Transtorno de ansiedade induzido por substância: o uso de substâncias específicas também pode ocasionar quadros de transtorno de ansiedade. Isso vale desde o caso de medicamentos convencionais até drogas perigosas, como é o caso de cocaína, heroína, maconha, entre outras.