Atualizado em 20/04/2020.
Seguem DOIS textos. Um jocoso, outro sério. Abaixo da carta, segue Héracles e o chiqueiro contemporâneo.
Atualizado em 25/01/2021: separação em duas postagens. A e B.
Héracles e o chiqueiro contemporâneo.

Agora sem metáforas.
Bolsonaro foi eleito como um grande protesto contra o status quo. Seu ácido discurso fez ouvir o que estava entalado na garganta de milhões de brasileiros há tempos. “Vagabundo tem mais é que se foder, porra!“. Vagabundos pulga-de-bunda e de colarinho branco. Além disso, contava com o raríssimo fato de não estar envolvido em esquemas de corrupção. De fato, era (e ainda é) o único candidato limpo. Foi eleito para não roubar e é o que está fazendo. Só nisso o país avança a passos largos.
Era visto como um homem energético, impetuoso, talvez até louco. A situação no país era tão grave que optamos por colocá-lo lá. Chega dessa corja! Joguemos então no ventilador! Era tudo ou nada. E graças aos céus a outra opção não venceu.
Nós, o povo brasileiro, estávamos tão mal acostumados a vida toda a eleger políticos que nunca cumpriam suas promessas eleitorais que nos deparamos com algo inusitado. Algo tão estranho a nossos olhos que ficamos perplexos, paralisados, estupefatos. Elegemos alguém que está de verdade cumprindo aquilo que prometeu. (!)
“No que depender de mim…” tal, tal, tal…; “Cumprirei a Constituição…”; “Respeitarei a separação de poderes…“. E não é que ele está fazendo isso mesmo? A perplexidade popular lentamente foi digerida e as pessoas finalmente compreenderam que Bolsonaro está fazendo aquilo que é visto em nossa cultura com péssimos olhos, cujo nome mesmo remete à negatividade: “operação padrão”. Ele está trabalhando corretamente, exatamente como deve ser. E um político fazer isso no Brasil é novidade.
Essa inesperada conduta converteu a perplexidade em duas vertentes: uma numa aborrecida meia-frustração, outra num largo sorriso.
Acostumados com políticos que nunca cumprem o que dizem, aqueles que elegeram Bolsonaro esperando radicais mudanças, tão radicais quanto seus discursos, se depararam com um homem cuja própria integridade o impede de virar a mesa.
Nosso governo é um tripé com duas pernas quebradas. Congresso e Supremo são suspeitos de estarem irremediavelmente corrompidos por uma rede criminosa que se sustenta e se protege utilizando essas próprias instituições: eles fazem as leis e forçam seu cumprimento. Além, é claro, de serem os responsáveis pela própria correição.
E Bolsonaro está lá como um volante novo num carro com o motor quebrado. A população que quer o bem do país já percebeu que o carro não andará enquanto não se trocarem as peças. Maia e Alcolumbre bem sabem disso. Sem embargo, associados com Toffoli, os três sujinhos do planalto mandam e desmandam, mamando nas mamas do erário público, avessos e impassíveis ao sentimento popular. Dois podres poderes contra um isolado idealista sonhador (como tantos e tantos brasileiros).
Bolsonaro é um idealista. Ele quer provar que é possível governar com a verdade, governar pelo exemplo. Quer mostrar que dá para fazer o que é certo e que as coisas vão melhorar assim. De fato, isso é. O problema não está na ideologia, mas onde ele está tentando aplicá-la. E ironicamente nos frustramos não com alguém que mentiu, mas com alguém que está cumprindo o que prometeu. E não somos os únicos a perceber essa realidade.
Quando Bolsonaro foi eleito, a alegria mais a esperança de finalmente vencermos a grande mancha negra (ou vermelha, como queira) que pairava sobre a nação encheram os corações do lado direito do país. Já quem estava do outro lado não passava uma agulha por seu orifício posterior. Até hino nacional em presídio teve.
As semanas e meses foram passando. Discursos e narrativas de ditadura, de estado de exceção, de opressão etc. não colavam mais, pois todo aquele medo se mostrou infundado. O discurso radical de Bolsonaro comprovou-se residir apenas em suas idéias, não em suas ações. E, aproveitando-se de estarmos em uma república de bananas, sorridentes hipócritas agora fazem bananada do presidente. Pois o lado contrário não é um lado de idéias, mas sim de ações.
A mídia, em especial a Rede Globo e agora a Comunista Rede Band, sistematicamente ataca cada passo, cada suspiro, cada peido do presidente. Qualquer coisa que ele faça sempre está errada. Não importa o que seja, nem qual relevância para o país isso tenha. Qualquer decisão é criticada pela imprensa. Qualquer crítica à imprensa é um ataque. Mudar de idéia é um recuo. Não mudar é incompetência. E, por mais incrível que pareça, a população assiste (achei que todo mundo tinha combinado de não assistir mais a Globo, não foi?).
Podres poderes estão crescendo para derrubá-lo. E isso não é apenas no Brasil. Observemos: Trump e Bolsonaro, anticomunistas eleitos nos dois maiores países da América, lideram uma onda ”anti-esquerdismo” no continente logo após a aparente falência dos planos do Foro de São Paulo. Na Europa, o mesmo se deu com o Reino Unido: cansado dos mandos e desmandos da União Européia, ele saiu do grupo que cerceava sua soberania política. Daí, nesse contexto, quando a China comunista lidava com seguidos protestos por liberdade em Hong Kong, surge esse vírus chinês para arruinar a saúde econômica mundial que já estava no início de uma grave recessão pelos recentes eventos políticos supracitados.
Ou você, caro leitor, realmente acredita que foi coincidência essa doença (mais uma) vir da China (de novo) durante um período em que esse país (de novo) enfrenta críticas políticas (de novo) e que tudo indica (de novo) que ele sairá economicamente fortalecido (de novo) quando o problema passar. Fortalecidos não só a China comunista, como também seus asseclas ao redor do mundo.

É só ligar A com B. A ”esquerda” no mundo todo está reagindo e estão dispostos a fazer qualquer coisa para retomar o controle do poder político. Inclusive utilizar a tragédia de uma pandemia para fins escusos. Seja individualmente como trampolim eleitoral, seja coletivamente como instrumento de ampliação de rede de influência político-econômica. Nacionalmente ou supranacionalmente (como na ONU e OMS). Além de lucrarem com a venda de material médico defeituoso…
A grave crise pública causada pelo vírus chinês não se restringirá apenas às questões de saúde e de saneamento, mas principalmente afetará a economia. Uma gravíssima recessão está por vir e virá não tão distante da última, que estávamos confiantemente enfrentando. Esse é o cenário ideal para as falsas promessas marxistas encontrarem solo fértil nos corações dos mais vulneráveis.
Eu não escondo que sou favorável a uma limpeza completa. Eu não acredito em nosso sistema eleitoral, não acredito que muitos dos que lá estão no Congresso receberam de fato tantos votos. E não acredito que Bolsonaro tenha tido apenas 60 milhões de votos. Temos um terço (1/3) dos congressistas sob suspeita de corrupção, assim como membros do Supremo Tribunal Federal. E essa novíssima crise que desponta no horizonte fortalecerá ainda mais aqueles que intentam usurpar os frutos do trabalho honesto de milhões. Esses têm em seus discursos e ideologias uma cortina de fumaça para esconder suas más ações e sua ganância por riqueza e poder.
”Não é possível limpar um chiqueiro com os porcos dentro”, diz o adágio. E não é possível vencer uma guerra apenas com boa vontade. Ainda mais quando o outro lado não mede (ou se importa com) as conseqüências de suas ações. Ou Bolsonaro usa os colhões para fechar aquele pardieiro e fazer uma devassa nas contas públicas, ou talvez o sistema corrupto que permitiu sua entrada garantirá sua saída. Com um largo sorriso…