Ariano Suassuna, Mathias Ayres e a cultura brasileira.

Ariano Suassuna valoriza cultura brasileira durante Conferência de Desenvolvimento Regional

Todo apoio a Bolsonaro.

A caixa está cheia de criaturas miseráveis, mas uma delas não pertence àquele lugar.

The Box [Omeleto]

Quais são as diferenças entre o motor a diesel e o motor a gasolina?

Comparação Motores diesel x Motores gasolina

Ferrorama! Documentários sobre a história das locomotivas.

Atualizado em 01/07/2020

A FANTÁSTICA FÁBRICA DE LOCOMOTIVAS DO SÉCULO XIX. CONHEÇA A HISTÓRIA DA BALDWIN LOCOMOTIVE WORKS
https://www.youtube.com/watch?v=2qtVdu45dJc

All Aboard 150 Years on the Right Track

The History Of The Rail Transport (Railway Freight Yards Industry)

Modern Marvels – Transcontinental Railroads
https://www.youtube.com/watch?v=QeWOeAPFxDU

https://www.youtube.com/watch?v=ZxMN6Noi8AI

“And Then There Was One” – Full Documentary [OFFICIAL]

O que é filosofia?

Atualizado em 20/04/2020 (consertei a data no arquivo… |:^p)

Algo interessante ocorre-me nesta semana. Eu já havia de há muito decidido que a forma avaliativa que eu adotaria caso fosse chamado a ministrar um curso de filosofia (em nível médio ou superior, tanto faz) seria o pedido de redação por parte dos alunos de um texto filosófico. E para minha surpresa a vida devolveu-me exatamente tal experiência. Apesar de ter profundamente ponderado sobre o meio avaliativo mais adequado segundo as especificidades da cátedra, não havia me colocado na posição do aluno a ser avaliado.

Conforme escrevi outrora, estou cursando matéria de filosofia na Faculdade de Direito da UERJ. A cadeira faz parte da lista dos cursos aptos para contagem no programa de capacitação dos funcionários, uma obrigatoriedade enquanto servidor da casa. E o professor solicitou como trabalho de avaliação exatamente a confecção de um texto tendo por título ”O que é filosofia?”.

Considero que filosofia não seja para todos. Cito (adapt.):

“O real significado do termo “Ensino Superior” vai muito além do de ensino de terceiro grau, como ficou popularizado principalmente após as reformas das décadas de 60 e 70. O saber superior deve ser adquirido mediante o uso de codificações, sistemas, modelos e símbolos da semântica científica e, por isso, foge à praticidade do dia-a-dia e se reserva aos que disponham de condições especiais para abordá-lo. Por isso não pode ser democraticamente acessível a todos como muitos querem. É um ensino, por natureza, elitista, para uma minoria capacitada intelectual e culturalmente e não no sentido trivial de pessoas socioeconomicamente bem postas na comunidade.”

(Estrutura e Funcionamento do Ensino Superior Brasileiro – Paulo Nathanael P. Souza)

Para além dos supostos requisitos intelectuais e culturais prévios (o que é questionável), defendo que o estudo de filosofia depende muito mais de uma inclinação pessoal íntima, de uma vocação peculiar ao seu estudo. Perceba que filosofia em si não é matéria. Não é um tema, um recorte, uma área científica  (pré-)determinada ou (pré-)delimitada. Filosofia em si mesma é o gosto de aprender. Aprender o quê? Tudo! É o amor ao conhecimento, ao próprio aprendizado; é olhar a vida encantadoramente pujante; é perceber, quanto mais se aprende, que menos se sabe sobre o mundo e sobre o universo que nos cercam; e que cada vez que se aprende mais, sabe-se menos. É manter a mente aberta, sem limitações, sem amarras, sem dogmas.

A Filosofia que se ensina nas escolas e nas faculdades não é filosofia. É matéria. Muito mais para o aluno passar de ano do que para fazê-lo refletir sobre alguma coisa. Mais historiografia da filosofia do que filosofia mesma. Assim é ensinada. E assim é pesquisada, como se fosse possível fazer pesquisa sobre filosofia – o próprio conceito não faz sentido… Mas é o que há no ensino superior e é por meio disso que acadêmicos e alunos ganham seus rolinhos comprobatórios de que estudaram/ensinaram. Toda essa burocracia é útil para quem se dedica à área. Mas e para quem não é dela? Qual utilidade tem a filosofia para um aluno de ensino médio? Ou para um profissional de outra carreira?

E então? Agora já formado e pós-formado, como respondo à primeira questão que nos fazem assim que entramos na faculdade? Assim o segue:

Texto completo para baixar: Edição_Independente_002.2

América: o melhor lugar do mundo para se viver…

… segundo os americanos, claro.

Não é de hoje que gosto de animações. Há várias postagens neste sítio sobre animações de um modo geral. Estudo esporadicamente não apenas as técnicas de animação, mas também a história da animação. Considero uma forma de arte muito interessante, tanto pelo complexo trabalho de produção quanto pela capacidade de exibir idéias de forma muito mais livre, sem as restrições naturais de filmes comuns.

Há uma grande quantidade de filmes instrucionais na mídia estadunidense. Uma grande quantidade já entrou em domínio público e pode ser acessada gratuitamente em plataformas como o Youtube. Vídeos instrucionais das forças armadas americanas são realmente muito bons, muito superiores à baixíssima qualidade dos ”youtubers” de hoje em dia. Naquela época, conteúdo era produzido de forma clara, eficiente e bastante didática sobre os mais variados temas.

E também há as animações, como já postei anteriormente neste exemplo sobre como funciona o sistema de refrigeração. Ao vermos os exemplos de animações e como as mesmas evoluíram tanto as técnicas quanto a temática ao longo do século XX, temos um retrato do pensamento de uma época.

Estes quatro excertos demonstram a forma de pensamento americana ao longo da primeira parte do século XX. Uma sociedade capitalista, altamente patriótica, consumista e principalmente voltada à cultura automobilística. Traços que, sem dúvida, permanecem em maior ou menor grau até hoje.

Profits: “Going Places” – 1948

US Economy: Meek King Joe – 1949

It’s Everybody’s Business – 1954

Your safety first – 1956

 

Superman – A Era de Ouro da animação

Superman – The Golden Age of Animation

Quarta dimensão explicada por Carl Sagan

Quarta dimensão explicada por Carl Sagan

https://www.youtube.com/watch?v=WMZNLy0hGEI

Como a linguagem modela a maneira como nós pensamos?

Atualizado em 04/09/2021: acrescentado vídeo pertinente ao final.

How language shapes the way we think | Lera Boroditsky

Em acréscimo ao exposto na apresentação, também gostaria de contribuir com algumas de minhas considerações.

Acredito que essa diferença na estrutura e na forma de pensamento esteja interligada na estrutura e na forma da linguagem. Observemos alguns exemplos:

Em inglês os adjetivos vêm antes dos substantivos. Isso reflete uma característica cultural das sociedades que usam tal linguagem, segundo a qual os acidentes são mais importantes do que a forma, o que pode ser observado em comportamentos que vemos como frívolos ou superficiais.

Em português (nas línguas latinas de modo geral) os adjetivos vêm após os substantivos. Isso reflete outra característica cultural, segundo a qual se dá mais valor à substância do que às contingências. Nestas sociedades, demonstra-se um traço geral em que o foco maior recai sobre a essência o objeto observado, não suas qualidades adicionais, acessórias, secundárias.

Em inglês, não se faz uso de oração sem sujeito. Toda oração tem um sujeito, ainda que indeterminado. Toda ação possui um agente. Nas línguas latinas isso não é necessário. Em nosso idioma, uma ação é apenas uma ação. Não é necessário um agente. Exemplo: “chove” e “it rains”. O pronome ”it” é obrigatório em inglês e não faz sentido em português.

Observemos outros exemplos: a língua japonesa possui uma gramática muito pobre em comparação com as línguas latinas. A ordem de uma frase é praticamente sempre a mesma: Sujeito + Predicado + Ação. Há pouquíssima conjugação verbal. E essa ausência de conjugação verbal relaciona-se, ao meu ver, com uma estrutura de pensamento que valoriza mais a ação propriamente e o tempo no qual ela foi tomada do que o agente verbal.

Isso reflete uma estrutura de pensamento que prima pelo pragmatismo e pela abordagem direta das questões. Outra característica da linguagem japonesa é o uso de pronomes de tratamento hierárquicos para cada tipo de pessoa com a qual se fala. O reflexo do sistema hierárquico de relações sociais no Japão se apresenta mesmo em ambientes familiares e informais.

Na língua chinesa a entonação de cada uma das dezenas de formas de vogais muda o sentido das palavras e o significado do que se quer dizer. A isso podemos relacionar os complexos sistemas de relacionamento sociais, no qual as pessoas acabam não abordando diretamente os assuntos, usando estratégias subentendidas ou dissimuladas para abordar assuntos relativamente simples aos nossos olhos.

A língua russa também é um exemplo interessante. Nela não há verbo de ligação: a cópula ocorre diretamente pelo contexto em que se fala. Na linguagem dos esquimós, há dezenas de nomes diferentes para cada tipo de neve. Assim como povos do deserto têm nomes diferentes para os vários tipos de areia. A população das ilhas Malvinas tem uma grande quantidade de nomes relacionados a cavalos e à vida eqüestre. Além é claro da imensa quantidade de vocábulos intraduzíveis de um idioma para outro.

De todo modo, isso não é um indicativo de que esta ou aquela linguagem seja melhor ou pior. Cada linguagem apenas reflete uma estrutura de pensamento, de tomada de decisões, de formação de juízos de valor e de fato, bem como de organização social.

Mais sobre o assunto:
O missionário que viveu com índios, virou ateu e desafiou conceitos sobre linguagem |Ouça 10 minutos | BBC News Brasil

Pirahã: The Amazonian Tribe That Challenges Everything We Know About Language | SLICE
Deep in the Amazon rainforest, the Pirahã people speak a language that defies everything we thought we knew about human communication. No words for colors. No numbers. No past. No future. Their unique way of speaking has ignited one of the most heated debates in linguistic history.

For 30 years, one man tried to decode their near-indecipherable language—described by The New Yorker as “a profusion of songbirds” and “barely discernible as speech”. In the process, he shook the very foundations of modern linguistics and challenged one of the most dominant theories of the last 50 years: Noam Chomsky’s Universal Grammar.

According to this theory, all human languages share a deep, innate structure—something we are born with rather than learn. But if the Pirahã language truly exists outside these rules, does it mean that everything we believed about language was wrong? If so, one of the most powerful ideas in linguistics could crumble.

Documentary: The Amazon Code
Directed by: Randal Wood, Michael O’Neill
Production : Essential Media, Entertainment Production, ABC Australia, Smithsonian Networks & Arte France