Eleições 2022 – parte 22 (Bolsonaro Canibal)

A bandeira nacional e o chamado cívico referem-se a Bolsonaro?

Este é o último texto da série sobre as Eleições 2022 antes do desastre de 30 de outubro. Pouco importa se Lula será “eleito” ou não: nós já vivemos num narco-estado de exceção comunista. Quero aqui apenas deixar registrados para a posteridade, além de minha decepção com um líder emasculado, que permitiu por pura fraqueza chegarmos a este ponto, eventos que afrontam a liberdade nacional.

Segundo o jornal O Estado de São Paulo (19/10/2022), o Tribunal Superior Eleitoral tornou-se ”uma facção política em favor de uma candidatura”. Isso não deveria ser surpresa para ninguém.

O Supremo Tribunal Federal anulou as condenações de Luís Inácio Lula da Silva por crimes de corrupção e lavagem de dinheiro. Tal ação foi orientada por Luiz Edson Fachin, indicado por Dilma Vana Rousseff. Isso permitiu que um criminoso condenado pudesse concorrer às eleições presidenciais, administradas pelo Tribunal Superior Eleitoral, cujo chefe à época era o próprio Sr. Fachin. Posteriormente, Gilmar Ferreira Mendes, indicado por Fernando Henrique Cardoso, outrora rival e atual apoiador de Lula, suspende multa de R$ 18.000.000,00 por processos da Lava-Jato. Assim, nosso magnânimo ministro William Bonemer Junior absolve publicamente Lula, que agora ”não deve nada à Justiça”.

Atualmente o TSE é chefiado por Alexandre de Moraes, nomeado por Lula para o Conselho Nacional de Justiça e posteriormente indicado por Michel Temer para o Supremo Tribunal Federal em vaga aberta devido à morte de Teori Zavascki em um ”acidente aéreo”. Foi indicado mesmo nunca tendo sido juiz de direito. Trabalhou como professor na Universidade de São Paulo (USP) — instituição notoriamente politizada —, como secretário de transportes (!) do então prefeito de São Paulo Gilberto Kassab, como secretário de segurança pública do então governador de São Paulo Geraldo Alckmin, atual candidato à vice-presidência de Lula.

Também teve escritório de advocacia particular. Ao menos para mim, nunca ficou totalmente claro o envolvimento do escritório que levou seu nome e os processos envolvendo esquemas de lavagem de dinheiro do Primeiro Comando da Capital, uma das maiores facções de narcoterrorismo no Brasil, chefiada por Marcos Willians Herbas Camacho, pseudônimo Marcola.

Esse é o resumo da carreira do servidor público que está administrando as eleições gerais de 2022. Administrando eleições nas quais um dos candidatos é réu em processo ilegal em que ele mesmo é autor, acusador, investigador, juiz e executor. Eleições estas que tiveram eventos bastante interessantes, tais como:

  • Ordem para remoção do vídeo Mara Gabrilli à Jovem Pan;
  • Ordem para remoção do vídeo de Nikolas Ferreira em plataformas digitais;

  • Ordem para remoção de vídeo em que um satanista apóia Lula de todas as plataformas;
  • Ordem para remoção de vídeo/áudio de conversa entre Lula e Palocci;
  • Ordem para remoção de conteúdo de particulares em páginas e plataformas sociais;
  • Ordem para desmonetização e censura de produtores de conteúdo digital;
  • Proibição de associar Lula a ditadores estrangeiros que perseguem cristãos;
  • Proibição de associar Lula a movimentos de liberação do aborto;
  • Proibição de associar Lula ao narcotráfico;
  • Proibição de vídeos semanais do presidente da república em redes sociais;
  • Proibição de veiculação de vídeos em que Romeu Zema critica Lula;
  • Proibição de veiculação de vídeos de manifestantes pró-Bolsonaro em Londres;
  • Proibição de veiculação de vídeos de manifestantes pró-Bolsonaro no Dia da Independência;
  • Proibição de veiculação de vídeos da primeira-dama Michelle Bolsonaro;
  • Proibição de campanha de vacinação contra a poliomielite;
  • Proibição de veiculação de vídeos do discurso de Bolsonaro na Organização das Nações Unidas;
  • Proibição de investigação contra institutos de pesquisa;
  • Multa contra Bolsonaro por ter se reunido com embaixadores;
  • Quebra de sigilo de assessor de Bolsonaro, o que expõe diretamente o presidente da república;

Culminando com

  • Permissão para a campanha de Lula anunciar que ele teria sido absolvido pelo STF;
  • Censura prévia da produtora de documentários Brasil Paralelo, com ordem de remoção de vídeo sobre a corrupção de Lula e do PT; e finalmente
  • Censura contra a Jovem Pan, que diz:

“Não podemos, em nossa programação — no rádio, na TV e nas plataformas digitais —, falar sobre os fatos envolvendo a condenação do candidato petista Luiz Inácio Lula da Silva. Não importa o contexto, a determinação do Tribunal é para que esses assuntos não sejam tratados na programação jornalística da emissora.” Tendo sido seus colaboradores instruídos pelo setor jurídico da empresa para não utilizar as seguintes palavras ao se referir a Lula: ex-presidiário, descondenado, ladrão, corrupto, chefe de organização criminosa.

Ainda que tais afirmações, além de verídicas, sejam consoantes ao discurso oficial dos excelentíssimos magistrados:

Nós não vivemos num país livre. Nossas urnas-eletrônicas são uma arapuca, um engodo, um instrumento perfeito para fraude. Desenha-se no Brasil o mesmo movimento que tirou Donald Trump da presidência estadunidense. Em breve, apenas um lado poderá votar. Em seguida, ninguém mais poderá votar. Fica aqui meu registro.