
É muito fácil levantar a voz em reunião com seus subordinados.
E em seguida botar o rabo entre as pernas frente às otoridades.
É muito fácil urrar palavras de ordem em reunião com seus apoiadores.
E em seguida se acovardar com os despachos e macumbas de togados.
É muito fácil participar de passeata, motociata, tanqueciata com quem lhe segue.
Dizer que vai fazer e acontecer.
Dizer que é a favor da liberdade, mas não protegê-la.
Dizer que é a favor da família, mas não protegê-la.
Dizer que é a favor da propriedade, mas não protegê-la.
Dizer que é a favor da democracia, mas não protegê-la.
Não basta só não fazer merda. Também faz parte de seu mandato impedir que os outros façam merda.
Nós acreditamos no que disseste. Nós o apoiamos, nós o elegemos, nós exigimos que faça alguma coisa além de só falar.
”No que depender de mim”…
Compreendemos: tentou governar pelo exemplo.
Tentou governar pela ideologia.
Esperou patriotismo de traidores.
Esperou honestidade de corruptos.
Esperou ética de criminosos.
Esperou por um sonho e ainda sonha.
Nós já acordamos. Acordamos numa guerra em que só um lado está armado, com jornais, sentenças e câmaras. Acreditar nas leis feitas por um congresso cleptocrata, numa constituição quase comunista, num Estado aparelhado, na mudança da imprensa foram erros inocentes e crassos.
Toda hora falas que um homem sozinho não resolverá o país.
Pois bem: um líder que não protege nem defende os seus termina sozinho e fraco.
Conservadores são presos.
Repórteres são presos.
Congressistas são presos.
E não fazes nada?
Será que o doutor tirou além do saco de bosta da facada, também o saco de homem?
Será que a cadeira presidencial te tirou os colhões?
Ou foste sempre só um homem de garganta?
Será que vale continuar defendendo um homem que não nos defende?
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