JESUS E O JUDAÍSMO
Henry Sobel em Aquino, M. F. (Org) Jesus de Nazaré. Profeta da liberdade e da esperança. São Leopoldo: Editora Unisinos, 1999, pp. 89-104.
Confesso que hesitei antes de aceitar o convite da Editora Unisinos para escrever este artigo. Afinal, Jesus é a figura máxima da cristandade e tive receio de penetrar em seara alheia. Mas, pensando bem, a seara não é de todo alheia, como veremos em seguida. Mesmo assim, traço estas linhas com profunda humildade, pisando em ovos, ciente de que a relação entre Jesus e o Judaísmo é das mais delicadas.
Jesus era judeu, nascido de mãe judia. Foi circuncidado no oitavo dia, de acordo com a lei judaica (Lucas 2,21), e se considerava um judeu fiel às suas origens. Seus ensinamentos derivam das leis e das tradições judaicas com as quais Jesus se criou e que jamais negou. Ele era chamado de “rabino” (João 1,49; 9,2) e frequentava o Templo de Jerusalém, junto com seus discípulos. É uma pena que as divergências posteriores entre Igreja e Sinagoga tenham resultado num processo de obliteração das origens judaicas do cristianismo.
Texto completo: Jesus e o Judaísmo. Artigo de Henry Sobel – Instituto Humanitas Unisinos – IHU
Fonte: https://www.ihu.unisinos.br/78-noticias/594732-jesus-e-o-judaismo-artigo-de-henry-sobel
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Em tempo: como em tudo, qualquer ponto de vista contrário ao judaísmo, recebe automaticamente a alcunha de anti-semitismo. Mas é possível pescar informações sobre religião comparada nesse mar de vitimismo e lamentações…